Entrevista a Liliana Carola – nutricionista

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Entrevista a Liliana Carola – nutricionista

Qual é a sua especialidade, e no que é que consiste?

Exerço funções como Nutricionista, fazendo parte das minhas atividades a consulta de nutrição que poderá ter uma vertente terapêutica, ou seja, auxiliar no tratamento de alguma patologia de base como a obesidade, diabetes, hipertensão arterial, hipercolesterolemia, osteoporose entre muitas outras. Ou poderá ser uma consulta com caracter preventivo, de educação alimentar, com o intuito de prevenir o aparecimento dessas mesmas patologias.

 

Fale-nos um pouco do seu percurso profissional e dos seus principais objetivos.

Sou licenciada, desde 2008, em Ciências da Nutrição, pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto. Desde então, tenho exercido funções na área da nutrição clínica, no sector privado. Em paralelo, tenho desempenhado atividade como formadora em vários cursos sobre nutrição e alimentação. No último ano, realizei uma especialização em coaching, aliando assim técnicas de coaching às ciências da nutrição.
Enquanto Nutricionista e Formadora, um dos meus principais objetivos é contribuir para uma maior sensibilização da população para a temática da alimentação. Considero que a educação alimentar, é uma ferramenta indispensável para prevenir o desenvolvimento de várias doenças.

 

De que modo encara o envelhecimento?

Tendo em conta que Portugal, tem assistido nas últimas décadas, a um envelhecimento demográfico da sua população, resultante tanto da diminuição da natalidade como do aumento da esperança média de vida. É de se esperar que o envelhecimento seja encarado de uma forma natural e positiva. Mas para tal, é necessário aumentar a preocupação da comunidade para com este grupo, bem como a qualidade de vida do mesmo para que possa participar continua e ativamente na vida sociocultural.
Claro que o processo natural de envelhecimento acarreta diversas modificações no nosso organismo, mas se os seniores estiverem devidamente informados e acompanhados essas alterações podem ser vividas com mais qualidade.

 

Da sua experiência, o quão importante é os seniores apostarem numa vida ativa para prevenir problemas de saúde?

Sem dúvida, que devemos apostar desde cedo em manter uma vida ativa, nos mais variados níveis, físico, social e mental.
Com o aumento da esperança média de vida, é-nos permitido viver mais anos, mas será importante que o possamos fazer com qualidade e dignidade. Assim, e de acordo com a Organização Mundial de Saúde, o envelhecimento ativo é o processo de otimização das oportunidades para a saúde, participação e segurança, para melhorar a qualidade de vida das pessoas que envelhecem. Nesse sentido, o envelhecimento ativo pressupõe uma perfeita integração na sociedade, com a participação contínua em atividades sociais, culturais, espirituais e cívicas, o que conduz à promoção da saúde mental e consequentemente à diminuição do risco de doença e/ou incapacidade.

 

Defina o que é, para si, dar vida à idade.

Dar vida à idade, não é simplesmente dar mais anos à vida, mas é principalmente dar mais vida aos anos. Queremos que os nossos seniores sejam capazes de manter a sua independência física, conseguindo manter autonomia para as atividades do quotidiano. Que estejam aptos mentalmente e que possam continuar a estar integrados na sociedade, desempenhando ainda um papel ativo.