Hoje, dia 11 de abril, celebra-se o Dia Mundial da Doença de Parkinson, com o objetivo de informar e educar doentes, familiares e cuidadores face às estratégias mais atuais para a gestão desta doença e sensibilizar e informar toda a comunidade sobre a Doença de Parkinson.
Doença de Parkinson – o que é?
Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurológica degenerativa que afeta os neurónios responsáveis pelo controlo do movimento. É uma condição progressiva: os sintomas aparecem gradualmente e vão piorando lentamente.
A doença de Parkinson é a segunda doença degenerativa mais comum do sistema nervoso central após a doença de Alzheimer.
A nível mundial esta doença atinge cerca de 1 a 2 pessoas em cada 1000, sendo mais frequente nos europeus e norte-americanos do que nos asiáticos ou africanos. Surge, geralmente, no final da meia idade, tendo o seu início, tipicamente, por volta dos 60 anos, contudo em cerca de 5% dos doentes a doença tem início precoce, surgindo antes dos 40 anos. Esta doença é ligeiramente mais frequente nos homens do que nas mulheres.
Como surge?
A doença surge quando os neurónios (células nervosas) de uma determinada região cerebral, denominada substância negra, morrem, sendo que, quando surgem os primeiros sintomas, já há perda de 70 a 80% destas células. Em condições normais, estas células produzem dopamina, um neurotransmissor que ajuda a transmitir mensagens entre as diversas áreas do cérebro que controlam o movimento corporal. Assim, quando as células da substância negra morrem, os níveis de dopamina tornam-se anormalmente baixos, o que leva a dificuldades no controlo do tónus muscular e movimentos musculares, afetando, portanto, os músculos quer durante o repouso quer quando em atividade.
Quais os sintomas?
A manifestação inicial da doença é, geralmente, um tremor ligeiro numa mão, braço ou perna que ocorre, normalmente, a uma frequência de três por segundo quando extremidade afetada está em repouso mas, que pode aumentar em momentos de tensão. Tipicamente, o tremor melhora quando o paciente move voluntariamente a extremidade afetada e pode, mesmo, desaparecer durante o sono. À medida que a doença progride, o tremor torna-se mais difuso, acabando, eventualmente, por afetar as extremidades de ambos os lados do corpo.
Para além do tremor, que classicamente caracteriza a doença, surgem ainda outros sintomas, nomeadamente rigidez das extremidades, lentificação dos movimentos corporais voluntários (bradicinésia), instabilidade postural e alterações da marcha.
Destacam-se ainda outros sintomas associados à Doença de Parkinson, tais como:
• depressão;
• falta de cheiro;
• ansiedade;
• alterações do sono;
• perda de memória;
• discurso indistinto;
• dificuldades de mastigação e deglutição;
• obstipação;
• perda do controlo vesical;
• regulação anormal da temperatura corporal;
• aumento da sudação;
• disfunção sexual;
• cãibras, entorpecimento, formigueiros (parestesias) e dores nos músculos.
Como se trata?
Apesar de não haver, atualmente, uma cura para a Doença de Parkinson, os sintomas podem ser controlados através de diversos tipos de medicações.
Em algumas situações, está indicada a cirurgia. Nestes casos, é colocado um implante que faz uma estimulação do núcleo subtalâmico. Trata-se de um estimulador que permite melhorar a função motora afetada e que permite recuperar qualidade de vida e autonomia.
Por último, há que referir que medidas gerais, como a prática regular de exercício físico, treino cognitivo e funcional ainda uma dieta equilibrada podem contribuir para melhorar o bem estar destes pacientes e também o controlo corporal.
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