Todos queremos viver bastante, mas ninguém quer envelhecer.
Até ao momento a ciência ainda não descobriu como evitar que o corpo envelheça ou que o ciclo de vida se complete, num processo de amadurecimento que pode transformar-nos em frutas maduras, tenras e doces ou em algo amargo e difícil de digerir. Todos temos esse poder de escolha. O que torna isso difícil é o fato de nossa sociedade supervalorizar a juventude – o que costuma ser mais complicado para quem vive em torno da aparência. Só que envelhecer não é só um processo fisiológico, é também psicológico, intelectual, cultural e ambiental.
Como sabemos, o envelhecimento ainda é conotado como algo negativo, associado à doença, dependência e solidão. Porém, a velhice não é mais que uma etapa do desenvolvimento humano, tal como a infância ou a juventude.
Saber como queremos envelhecer e aprender a envelhecer é o desafio que se impõe a cada um de nós. E se nos derem a opção de escolha, provavelmente a maioria decidiria envelhecer em casa o máximo de tempo possível, com autonomia para desenvolver as suas próprias atividades e mantendo a saúde e o bem-estar físico e mental.
Inevitavelmente nos dias que correm e sob o ponto de visto demográfico os olhares focam-se no envelhecimento porque o número de idosos não pára de aumentar e o índice de envelhecimento só tenderá a estabilizar perto de 2060 (últimas projeções do Instituto Nacional de Estatística até 2080).
Perante este cenário a sociedade e a rede de serviços dirigidos à velhice está a mudar, contudo existe muito por fazer e o ritmo da mudança não acompanha as novas exigências e necessidades desta população sénior.
As respostas com uma visão meramente assistencialista e que apenas respondem às necessidades básicas estão profundamente ultrapassadas. Os idosos de hoje apresentam necessidades diferentes e talvez mais exigentes, pelo que é urgente repensar o modelo de cuidados, exigir formação especializada e acima de tudo olhar a pessoa como um todo tendo em conta as suas características individuais.
Envelhecer é diferente de adoecer. O envelhecimento “normal” (senescência) inclui alterações “normais”/naturais que ocorrem ao longo do tempo e que levam a um declínio funcional, aumentando a nossa vulnerabilidade e a probabilidade de ficarmos doentes. A senescência tem características particulares e mesmo entre indivíduos pode haver grandes diferenças: há idosos bem-dispostos e com óptima condição de saúde e há também idosos cansados e com muitos problemas de saúde.
São diversos os fatores que influenciam a forma como vivemos e envelhecemos. Entre eles podemos destacar, a herança genética, o acesso a serviços e cuidados, as medidas preventivas e o estilo de vida que seguimos.
Mesmo em circunstâncias menos positivas é possível envelhecer com qualidade:
– Mantenha-se ativo (faça exercício e trate das suas atividades quotidianas);
– Tenha uma alimentação saudável e equilibrada;
– Procure o seu médico regularmente e mantenha a sua saúde vigiada;
– Procure serviços especializados para o apoiarem nas suas necessidades e problemas;
– Exija cuidados de qualidade e humanizados;
O tempo não pára e a arte de envelhecer está ao alcance de todos.
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