A cognição diz respeito às capacidades que nos fazem pensar, perceber as coisas, obter, compreender e responder à informação. Incluem as capacidades para prestar atenção às coisas, para aprender novas informações e para recordar, para comunicar, entre muitas outras. As capacidades cognitivas trabalham de forma própria e ligam-se umas às outras permitindo-nos funcionar no nosso ambiente. 

A cognição engloba diferentes funções. Vejamos alguns exemplos:

A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar diferentes tipos de informações, permitindo-nos seguir uma conversa ou uma história, por exemplo.

A linguagem inclui a fluência do discurso, compreensão, nomeação, repetição, escrita e leitura, e permite-nos, por exemplo, ler um texto e compreendê-lo.

A atenção é capacidade de focar e selecionar estímulos do meio ambiente, permitindo-nos, por exemplo, ficarmos concentrados numa coisa enquanto outras estão a acontecer.

As funções executivas são um conjunto de funções que estão envolvidas no planeamento, iniciativa e execução de movimentos dirigidos à concretização de um objetivo. Inclui, por exemplo, a capacidade de desenvolver uma estratégia para resolver um problema.

Quando existem problemas ou dificuldades nas funções cognitivas, estamos perante défices cognitivos. Uma das intervenções terapêuticas disponíveis nos casos em que existem estes défices é a estimulação cognitiva.

A estimulação cognitiva envolve a prática de tarefas para melhorar ou manter o funcionamento das funções cognitivas das pessoas. A redução do impacto dos problemas cognitivos no seu quotidiano promove a sua funcionalidade e melhora a qualidade de vida.

Uma vez que os défices cognitivos estão presentes em diversas patologias, tanto doenças neurológicas como doenças psiquiátricas, várias pessoas podem beneficiar deste tipo de intervenção. Destacam-se os casos de Défice Cognitivo Ligeiro (DCL), de demência (como a Doença de Alzheimer, a Demência com Corpos de Lewy, a Demência Vascular, a Demência Frontotemporal, e outras formas raras), de Traumatismo Cranioencefálico (TCE) e de Acidente Vascular Cerebral (AVC), mas existem muitas outras situações em que é possível melhorar o desempenho cognitivo.

A estimulação cognitiva é uma das intervenções que os clientes do Centro Colibri podem usufruir, estando disponível nos métodos tradicionais de papel e lápis e também por meios informatizados, nomeadamente através de uma plataforma online.

A estimulação cognitiva promove o envolvimento em atividades que visam a melhoria geral do funcionamento cognitivo e social, de forma a compensar défices nas funções cognitivas e a manter a função diária preservada durante o máximo tempo possível. 

Autor: Paula Pinheiro (Psicóloga do Centro Colibri)